02 julho 2009
Viúva
Enterrei-te fundo, mas não tão fundo que não possas fugir.
Fiz o luto, chorei nos cantos, gritei... perguntei porquê.
Recostei-me na cadeira e pensei no passado, no presente e no meu/ teu futuro.
Recolhi as memórias e guardei-as numa caixinha de papel.
Respirei fundo, sacudi o pó dos meus ombros, e levantei-me...
Tomei banho, usei o perfume das memórias para não me esquecer do que não quero lembrar.
Vesti-me de alegria e sorrisos.
Deitei o luto para o fundo do armário dos meus sentimentos.... recordei que só vale sentir quando se sente a dois.
No fundo do armário ficou agora o luto por um defunto vivo.
Ps. Deixei agarrado ao pulso do defunto a corda... a corda que pode usar se quiser que eu saiba que ainda está vivo.
Dєiα ツ
12 de Junho de 2009
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