04 julho 2015

Vamos Conversar

By.:Mark Ryden

Oh querido tanto que haveria para falar se o tempo deixasse e eu me apetecesse jogar conversa fora.
Falamos, falamos... tentamos fazer chegar o som se propagar no tempo mas a única coisa que acontece é um desperdício de palavras.
Falar de amor é um sarcasmo que de tão habituados achamos que é normal e até essencial.
A novidade?
Não é essencial e até é algo que deveria ser abolido.
É impossível criar um manual de como o amor deve ser.
Um amor tem personalidade própria e por isso não pode ser comparado ou levado como se da programação da maquina de lavar se tratasse.
A nitroglicerina comparada ao amor é brincadeira de crianças, pequenos abalos fazem-no rebentar com tudo à volta dele.
E não me venham cá com a história que o amor é à prova de bala porque à prova de bala é a estupidez que nos faz acreditar nele.
Estou cansada do amor, declarei guerra aberta e juro nunca mais amar, não quero mais o amor de que todos falam, não quero amor para sempre e não quero o amor à prova de bala.

Quero o aqui e o agora, não quero planos nem juras, quero a verdade lúcida dos sentimentos, não quero as palavras proferidas.

Cansei das palavras de amor.

"O conforto do teu abraço é a prova que o paraíso existe!"
"Dá-me um beijo e nele te entrego a minha alma!"
"Contigo sou mais, contigo sou melhor, contigo sou do tamanho do mundo!"

Um dias destes começo as escrever frases foleiras que serão impressas nos postais de São Valentim, só para provar que o amor já não existe, é um truque de marketing.
E vão para o quinto dos infernos os que dizem que a vida sem amor não faz sentido.

O amor é cego e eu quero ter os olhos bem abertos.
O amor é uma utopia e eu quero-te num mundo real.
O amor é uma sentença e eu quero ser livre.


Dєiα ツ







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