29 novembro 2016

Sem razão nem piedade


Sem razão nem piedade.
Tudo neste mundo é preto ou branco, não existem zonas cinzentas.
Estas ultimas foram criadas pelo homem de modo a explicar a sua mesquinhez.


Nós os loucos fugimos do cinza como o Diabo da Cruz!
Não dizemos meias verdades...
Não vivemos aos poucos...
Não amamos meios seres!
Amamos na fração de 1 segundo...
Matamos à velocidade da luz...
É um tudo ou nada infernal.

Nós os loucos também choramos e sofremos.
Afundamos num mar de tristeza sem fim, onde só a morte parece ser a solução, quais trevas da morte, qual dor do corpo comparado com o total desespero da alma?
Afundamos por um tempo pois vai sempre existir a borboleta que nos lembra que a vida é inteira, e o que o Ying tem sempre o seu Yang.

Erguemo-nos e corremos.... saltamos, reviramos pedras, chutamos castelos em busca da nova felicidade.

Somos loucos com sede de vida.

Queremos a vida com todas as cores do arco íris, ou negra como o inferno.
O cinza e os pasteis não fazem parte da nossa palete de cores.

E para aqueles que não entendem o tamanho da nossa loucura, nunca saberão qual a sensação de ter sangue quente a correr nas veias, esses nunca conseguirão alcançar todo o expoente que a vida tem para oferecer.


Não nos peçam meios termos.
Não nos peçam para nos entregar pela metade.
Não nos peçam para seremos comedidos.

Afinal.. também não existe meio ser humano...
Como dizia Pessoa pela caneta do seu heterónimo Ricardo Reis

"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui. 
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és 
No mínimo que fazes. 
Assim em cada lago a lua toda 
Brilha, porque alta vive"

Dєiα ツ


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