05 junho 2015

Irreal

Desenfrear a escrita para dizer o que traz a alma crua e nua.
Despir os sentimentos de vergonhas e dizê-lo em plenos pulmões, ao mar, à terra e ao céu.
Proferir poemas, gritar cartas, declamar canções tolas desprovidas de sentido.
Por momentos, o sol fechou a sombra sobre a vergonha e soltei a consciência inconscientemente.
Vou-te amar até ser tarde demais, vou-te querer até a lua ficar roxa de ciúmes.
Espera um pouco não era isto que queria vociferar!
Tal qual um insano que acredita ser Jesus Cristo, vou-te pregar ao meu colchão.
Qual caso de possessão, vou-te crucificar ao meu prazer.
Quero a libertinagem das capelas e a moralidade das esquinas.
Virar tudo do avesso para achar o teu ângulo correto.
Agarrar, apertar, beijar-te...
Vou-te amar!
Encontrar-te perdido nos pensamentos e subjugar-te no chão.
Atei a língua, destravei o caos, escrevi a desordem.
Soltei a ala dos loucos, tudo fica confuso, tudo fica descomplicado.
Mais fácil de compreender a desordem do erro.
Errar a direito, para te amar meio torto.

Irei sempre jurar que não compus este texto, copiei de alguma louca apaixonada.

Dєiα ツ

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