16 novembro 2009

Por mais que escreva...


"Lisboa, 16 de Novembro de 2009

" Meu Amor, Meu Amante, Meu Amigo"*,

Senti a necessidade de escrever algo para ti.
Uma carta de amor, que te desenhasse com palavras todo um sentimento, todos os desejos.
Logo percebi que é impossível colocar no papel as sensações que ainda não têm nome, talvez porque nunca ninguém as sentiu, talvez porque nenhuma palavra, nem nenhuma descrição seja suficiente para tal sentimento.

Como escreveu Álvaro Campos:

" - Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas. (...)"

Sendo assim escrevo-te uma carta ridícula cheia de palavras, igual a um papel imaculado.

Por mais que escreva...
Por mais que diga...
... nunca ficarás nem com a ínfima ideia do que sinto por ti!

Dєiα ツ "

*Florbela Espanca - Passeio ao Campo

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