Vieram-me dizer que foste à minha procura no sitio onde me deixaste.
Não me encontraste por uma brecha que se abriu e eu passei por ela, no mesmo segundo que chegaste.
Ainda te ouvi chamar por mim, o som lá longe ecoou...
...eu não reconheci a tua voz.
Caçar borboletas com luvas de boxe, exige perícia e delicadeza, carece ainda do autocontrole que não tenho.
Tenho sim, excesso de sentimentos desgovernados, verbalizados sem filtros.
Odeio-te...
Amo-te...
Quero-te aqui...
Não te quero ver..
Crio a ideia de seres "perfeitos" à minha imperfeição.
Adapto o guião para que fique mais próximo possível do sonho que idealizei, e volta não volta, tudo cai por terra, por não ser suficiente, por ser mais do que o coração e a alma conseguem aguentar, ou apenas porque não existe espaço para "eu" existir.
Moldo-me, ajusto-me e tento mais uma vez, porque o amor é isso mesmo, experiências sucessivas.
Algum dia hei-de acertar.
Até lá...
Vou caçando borboletas com luvas de boxe e vou tendo pequenas amostras do tão falado final feliz.
Afinal de contas até a Cinderela lavou o chão, perdeu o sapato e viajou de abóbora.
- Por onde segues com tanta pressa?
- Deixa-me cheirar as flores, mais uma vez.
- Vou-te encontrar do outro lado da ponte.
- Espera por mim, eu já estou quase ai.
Sem comentários:
Enviar um comentário